sábado, 6 de julho de 2013

Rubi - Capítulo 3

~Rubi Narrando
- O que aconteceu? - coloquei uma de minhas mãos sobre minha cabeça que doía muito.
- Rubi - Alessandro se aproximou  de mim aliviado ao me ver acordada - Você desmaiou. Já se sente melhor?
- Minha cabeça está doendo muito - E me levantei da cama, ainda um pouco zonza.
- Você nem imagina o quanto fiquei preocupado com você Rubi - Ele se aproximou acariciando meu rosto.
- Ficou? 
- Como não ficaria? vendo você inconsciente no colo daquele rapaz! - Se aproximou um pouco mais, diminuindo o tom de sua voz.  
- Rapaz? mas que rapaz? - Perguntei sem entender nada.
- Deixa pra lá! 

  Estávamos trocando vários olhares, ele pegou no meu braço com delicadeza e me puxou para perto de si. Esse simples toque macio fez com que uma corrente elétrica percorresse meu corpo. Nossas bocas estavam a centímetros uma da outra e eu podia sentir sua respiração quente batendo  contra meu rosto.

~Alessandro narrando
  Eram apenas milímetros que nos separavam e eu queria muito que tais não existissem e pudesse beijá-la até perder o folego para matar todo esse desejo que corria por todo meu corpo.
  Rubi chegou um pouco mais perto e roçou seus lábios nos meus, mas sem - infelizmente - selá-los. Não sabia o que fazer. É claro que eu queria muito seus lábios nos meus, mas deixaria que ela decidisse se queria ou não a mesma coisa. 

~Rubi narrando
  Nenhum homem nunca tinha me deixado assim, com desejo, com essa atração enorme.
  Por dentro eu estava praticamente suplicando para que ele me beijasse tão apaixonadamente a ponto de deixar meu corpo todo mole e precisando dos seus braços em torno de mim para me sustentar. Mas não era certo, tinha acabado de conhece-lo, nenhum relacionamento começa tão rápido assim. 
  Nossos corpos ainda estavam colados, e ainda trocávamos olhares, até que a porta se abriu, e dela surgiu Heitor. Imediatamente Alessandro se afastou e olhou para a parede branca. 
- Ah, meu Deus. Desculpa atrapalhar! - disse ele com suas bochechas coradas - Volto outra hora! 
- Heitor, pode ficar. Não é nada do que você está pensando - Falei e Alessandro ficou em silêncio.
- Está tudo bem Alessandro? - perguntou Heitor.
- Sim, claro - E ele me olhou, abrindo um sorriso enorme, me fazendo morder os lábios.

Continua [...]

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Rubi - Capítulo 2

~Rubi Narrando
  Acompanhei Heitor até a lanchonete onde Maribel estava. Quando entrou pela porta e bateu os olhos nela abriu um sorriso imenso no rosto e foi em sua direção para abraça-la. Alessandro estava ao meu lado, e nos aproximamos do casal.

- Alessandro, te apresento a mulher que eu amo - Disse Heitor, mostrando Maribel para o amigo.
- Ah, a famosíssima Maribel - E ele à cumprimentou com um aperto de mão - Como é que está? O Heitor falava de você o tempo todo, até dormindo - E gargalhamos.
- Bom, eu acho melhor deixa-los a sós - Falei olhando para Alessandro.
- Mas é claro - concordou ele - com licença. 

  Saímos e fomos andar pelos corredores do aeroporto. Alessandro era muito simpático, além de bonito. Por um momento me senti enjoada, meu pescoço suava frio, e minhas pernas estavam tremulas.

- Então Rubi, vamos na cafeteria? É logo ali em cima - Perguntou.
- Claro - concordei. Então subimos a escada, que não parecia tão grande.

~Narrador
  O que estaria acontecendo com Rubi? Seus lábios que se descaram com um deslumbrante batom escuro, estavam brancos. E sua pele amarelada. Alessandro segurou a mão da bela para que ela se sentasse em uma cadeira, e percebeu o quanto a mesma estava fria.

- Rubi, está tudo bem? - Perguntou colocando uma de suas mãos no rosto dela.
- Claro, por que não estaria? - e ela tirou a mão de Alessandro do seu rosto.
- É que você está fria, e suando muito. 
- Não, é só um enjoo. Já vai passar.

  O garçom veio até a mesa onde estavam.

- O que desejam? - Perguntou.
- Ah, eu quero um café. Com açúcar por favor - Pediu Alessandro.
- E a senhorita? 
- Não quero nada. Obrigada - O garçom se virou e foi encomendar o pedido de Alessandro - É, vou ao banheiro.
- Está bem Rubi.

  Ela se levantou e seguiu até um pequeno toalete que estava ao lado da cafeteria. 

  Pensou - "O que está acontecendo comigo? Este enjoo não passa de uma vez. Que droga!" - E chutou o balde preto da faxineira, que estranhou sua reação.

- Está tudo bem senhorita? - Perguntou preocupada com Rubi, que estava pálida e com os olhos quase fechados. 
- Está.. - Antes que acabasse de falar, a escuridão tomou conta, suas pernas ficaram pesadas e leves ao mesmo tempo, e seu corpo colou o chão úmido do toalete.
- Meu Deus! Senhorita, acorda - A faxineira se aproximou desesperada tentado acorda-la, mas sem sucesso. Então correu para fora do banheiro e foi falar com o Miguel, o garçom da cafeteria.
  
  No mesmo instante ele deixou o café de Alessandro e correu para o toalete. Tentou acordar Rubi, mas também sem sucesso. Se abaixou e colocou seus braços em baixo do corpo de Rubi, logo em seguida levantou com a bela em seu colo.

- RUBI! - Gritou Alessandro vendo aquele sujeito saindo do banheiro com sua amada no colo, e correu para perto - O que aconteceu com ela? - perguntou passando a mão no cabelo de Rubi.
- Ela estava perto da pia e de repente desmaiou senhor! - respondeu mais que depressa a faxineira.
- Meu Deus, precisamos leva-la imediatamente para um hospital.
- Senhor, aqui tem uma enfermaria - Alessandro pegou Rubi do colo de Miguel e pediu para que a faxineira o acompanhasse até lá.

  Rubi acordou como de um sonho. Deitada na cama branca, cheirando a naftalina da enfermaria. A última coisa da qual se lembrava era de seus pensamentos desconexos sobre sua saúde atualmente. 

"Será que eu desmaiei de verdade?" - pensou.

  Alessandro estava lá. Seria apenas o acaso? E ela ouviu sua voz - 'Ela vai ficar bem, não é dona Lúcia?' e a enfermeira respondendo - 'Claro que vai. O médico já a examinou. Ela irá fazer alguns exames de sangue e teremos o diagnóstico exato" E nos olhos daquela enfermeira a pergunta "Ela é sua namorada rapaz?"

Continua [...]

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Rubi - Capítulo 1

~Rubi Narrando
  Já ouviu falar no amor que jamais tem seu fim? Talvez não. Talvez isso seja um conto de fadas, ou apenas visto em sonhos criados por nossa mente frágil. Mas posso dizer-te que realmente esse amor eterno prevalece em cada coração humano, basta apenas encontrar o dono desse sentimento profundo que domina-te de forma serena e misteriosa. 
  Quando era pequena sonhava com uma vida melhor, muito dinheiro e um amor para toda vida. Fui crescendo e percebendo que amar alguém pode ser pior do que você imagina. Sim, me apaixonei perdidamente na faixa dos meus 16 anos. E esse amor não pode ser correspondido, duas semanas depois ele se mudou, e para minha triste realidade, nunca mais o vi. Tudo bem, já superei esse trauma de adolescente, mas a minha vida nunca mais foi a mesma. Agora eu estava disposta a mudar, tanto de visual, quanto de personalidade. Aquelas roupas cumpridas e comportadas já não faziam mais parte da minha vida, passei a usar saias curtas, blusas coladas, roupas completamente vulgares. Nunca precisei de maquiagem, apenas um batom escuro, que destacasse meus lábios. E depois daquele dia, decretei que mudaria de vida, custe o que custar, sem me apaixonar, sem criar expectativas de um amor verdadeiro, porque neste eu não acredito mais. 

"Com a minha beleza eu conseguirei o que quiser, incluindo um homem rico, que possa me dar a vida que sempre sonhei, que possa me dar conforto, que possa me tornar uma mulher respeitada por todos, e com um nome muito conhecido"

  Maribel é a "manca" da universidade, tem um problema na perna, por isso vive com um aparelho. Ela realmente acha que eu sou a "melhor amiga" dela. Muito inocente mesmo. Nunca seria amiga de uma problemática como ela, é uma pobre coitada, se bem que de pobre ela não tem nada. Bom, até que ela é bonitinha, mas não chega nem aos meus pés. 

- Oi Maribel - Disse entrando no quarto da mesma.
- Rubi, que bom que você veio - E ela veio em minha direção com os braços abertos, pronta para me abraçar.
- Claro que vim, tínhamos combinado de estudar, lembra? - Correspondi o abraço com um sorriso falso no rosto.
- Lembro - E ela me soltou - Mas antes quero te mostrar um Email que recebi do Heitor - Ela segurou meu braço e foi me puxando para frente do computador - Leia!

"Maribel, meu amor. Era pra ser uma surpresa, mas como te amo não consegui segurar. Amanhã estarei no Brasil. Espero te encontrar no aeroporto. Está previsto para chegarmos ai às 17:00. Te amo muito meu amor, e não vejo a hora de te encontrar. beijos!"

Maribel, finalmente você vai encontrar seu homem ideal. Fico muito feliz por você - A abracei e ela correspondeu o abraço.
- Obrigada Rubi. Olha, quero que você vá comigo ao aeroporto. Você sabe que esse é um momento muito especial em minha vida.
- Está bem Maribel, claro que vou com você. E sei o quanto esperou por isso. Agora preciso ir, minha mãe está me esperando. Até amanhã.
- Até amanhã Rubi, e mais uma vez obrigada.

  19 horas se passaram. Já era dia, e eu precisava estar mais bela do que nunca. Coloquei um vestido rosa claro, colado, e com um babado. O cabelo eu apenas escovei, e passei o batom escuro que eu amo. Fui para o aeroporto com Maribel, e lá sentamos em uma lanchonete a espera de Heitor. 

- Rubi, não quero abusar da sua boa vontade, mas será que você pode ir até o ponto de desembarque esperar o Heitor? é que não avisei que íamos esperar ele aqui.
- Mas claro Maribel, você sabe que pode contar comigo sempre - Levantei e me dirigi até a escada rolante. Heitor descia com uma mala enorme, e passou por mim.

- Oi Heitor. Bem vindo! - Falei o deixando um pouco assustado

~Heitor narrando
  Quem seria aquela bela mulher? Com os olhos verdes que deslumbravam qualquer um, com um corpo escultural e com uma voz sedutora chamando pelo meu nome? 
  A olhei de cima em baixo, admirando cada parte, incluindo seus lábios, que se destacavam com um batom escuro. 
  Ela me puxou e beijou minha bochecha. 

- Como é que foi de viagem? - Perguntou.
- A-ah, foi bem - gaguejei - Perdão, mas não tive o prazer de te conhecer.
- Ao contrário eu sei tantas coisas de você - Ela sorriu - Eu sou Rubi, amiga da Maribel.
- Ah, Rubi. Tudo bem? Muito prazer - Apertei sua mão e logo em seguida olhei para os lados procurando pela minha amada Maribel - E Maribel, onde está? Ela não pode vir?
- Claro que veio, ela está aqui no aeroporto. Mas se acalma, você já vai vê-la. Me desculpe Heitor, eu suponho que tenha tido uma grande decepção ao me ver ao invés da Maribel.
- Não não, imagina, eu só estranhei, esperei tanto para vê-la pessoalmente que.. Ah, meu amigo está vindo ai. Alessandro, essa é Rubi, a melhor amiga da Maribel.

~Alessandro narrando
  Quando vi aquela linda mulher se aproximando de mim, não consegui disfarçar o interesse que senti. Parecia amor a primeira vista. Ela era linda. Aqueles olhos me hipnotizaram. Como pode existir uma pessoa assim? Que chama a atenção de qualquer homem? Que faz despertar um sentimento tão estranho?
  E trocamos olhares durante alguns segundos. Ela sorriu, me fazendo delirar 
- Muito prazer! - Apertei sua mão e suavizei minha voz.
- Olá! - Respondeu com uma voz tão sedutora que me fez arrepiar.

Continua [...]

Clipe (http://www.youtube.com/watch?v=f31XfKa9J1Y&feature=autoshare)